Pesquisa da Anjos do Brasil traz o perfil de investidores anjo
brasileiros.
O quarto Congresso de Investimento Anjo, promovido
pela da Anjos do Brasil, divulgou os resultados atualizados de uma pesquisa
sobre o perfil dos investidores anjo no país e perspectivas para o cenário
2016/2017. Os resultados desta pesquisa são fundamentais para demonstrar a
evolução do investimento anjo nos últimos anos, em comparação com a pesquisa
anterior realizada em 2014, demonstrando o amadurecimento do mercado, e ao
mesmo tempo o impacto da crise econômica nas perspectivas.
Os principais resultados da pesquisa são:
Sexo: A predominância masculina ainda é quase absoluta, representada por 91%
do sexo masculino, tendo apenas 9% do sexo feminino. Em comparação com a
pesquisa realizada em 2014 quando apenas 5% eram representados por mulheres, a
participação feminina quase dobrou em dois anos.
Idade: A idade média dos investidores anjo no País é
de 47 anos, sendo a maioria (42%), abaixo dos 45 anos. Os investidores entre 45
a 54 anos somam 38% do total; e os anjos com idade acima de 55 anos somam 20%.
Atividade principal: A principal atividade dos investidores anjos é
a de empresários (42% do total), seguida por: executivos (31%), profissionais
liberais (7%), investidores e gestores de investimentos (19%);
Tempo de atuação como
Investidor Anjo: Os
investidores anjo atuam nesta atividade em média há 1,4 anos; 39% atuam há
menos de 1 ano; 25% entre 1 e 2 anos; 17% entre 2 e 3 anos; 12% entre 3 e 5
anos; 7% investem há 5 anos ou mais.
Número de investimentos efetuados: 43% dos investidores
anjos investiram em mais de um projeto. Apenas 21% investiram em apenas um
projeto até a data. A média de investimentos já efetuados ficou em 2,7
projetos;
Montante investido: cada investidor anjo aplicou uma média de R$
208.426 mil em projetos de startups inovadoras;
Interesses: A pesquisa também
levantou os setores de interesse dos investidores. Cerca de 52% dos
entrevistados responderam ter interesse na área de TI; 36% em aplicativos para
smartphones; 43% em saúde/biotecnologia; 41% em educação; 36% em e-commerce;
37% em energia; 27% em entretenimento e indústria; e 23% em outros setores. Os
investidores pesquisados puderam indicar mais de um setor de interesse.
Intenção de investimento
nos próximos 2 anos:
a quantidade média de investimentos pretendidos nos próximos dois anos é de 4
investimentos, quase o dobro do apurado (2,1 investimentos) na pesquisa em
2014. Sendo que 59% dos investidores pretendem investir entre 2 e 4 projetos;
11% em apenas 1; 21% acima de 5 e 9% em nenhum.
Potencial de investimento: Ao final de 2015, foram contabilizados 7.260
investidores anjos no país, com uma previsão de crescimento de 4% ao ano. Todos
esses investidores somam uma intenção de investimentos, para o cenário
2016/2017, de R$234 mil, resultando num total de R$ 1,7 bilhões investidos em
startups nesse mesmo período, uma queda significativa com relação a pesquisa de
2014, aonde o potencial indicado chegava a R$ 2,9 bilhões
Se a situação econômica do país influência na decisão de investir: Quando
perguntados, 44% responderam que não; 48% responderam que em termos; e 8%
disseram que sim.
Conclusões
A pesquisa revela um amadurecimento dos investidores,
com um número maior de investidores experientes, tendo mais projetos já
investidos e uma previsão superior de investimento.
Apesar de ainda termos perspectiva de
crescimento no investimento anjo brasileiro, a crise econômica demonstra ter um
impacto na desaceleração desta atividade. São necessários estímulos para que o
investimento anjo atinja seu potencial de incentivo e capitalização para
startups inovadoras.
Segundo Cassio Spina, fundador e presidente da
Anjos do Brasil, “O investimento anjo é um elemento essencial para construção
de negócios inovadores, conforme apontado em estudo pela OCDE, assim, sendo
extremamente relevante para reversão da situação econômica do Brasil, sendo
necessário que todos agentes de governo dediquem atenção para que mais
investidores sejam estimulados a aplicar seu capital em startups”.
Para investidores anjos ativos, a participação
em redes de investidores é muito importante, tanto pelo contato com outros
investidores e com o ecossistema como para encontrar bons projetos para
investir.