Estratégias de Desinvestimento: entenda o que é
e a importância para sua startup!
Planejar o futuro de uma startup não
representa apenas a busca por um modelo de negócios escalável, decidir quando a
sua equipe ficará maior ou se a empresa precisa mudar de escritório. Ao longo
do crescimento, assim como uma startup precisa de investimento, ela precisa de
desinvestimento. Neste contexto, cabe ao empreendedor entender isso e se
organizar para quando esse dia chegar.
O assunto desinvestimento ainda é incomum no
Brasil, muito por conta das poucas saídas já vistas no mercado. Por outro lado,
planejar esse momento pode ajudá-lo a conseguir investimento e também se
proteger numa eventual saída. Neste artigo iremos detalhar a importância de se
planejar estratégias de saída e apresentar um mecanismo fundamental para
empreendedores: a cláusula de drag/ tag along. Acompanhe:
A importância do pensamento no longo prazo
Uma startup de sucesso é construída dia após
dia, através do trabalho dos seus fundadores e colaboradores. Contudo, um bom
planejamento de médio e longo prazo também são fundamentais para saber onde se
quer chegar e encontrar meios para isto.
Empreendedores que se planejam para o futuro
costumam enfrentar os problemas de uma nova empresa de maneira mais consciente
do que aqueles outros que esperam as dificuldades surgirem. Isso se aplica
também aos investimentos: boa parte dos investidores costuma utilizar a
estratégia de planejar uma saída logo na entrada do negócio. Ou seja, a startup
terá um determinado tempo para se mostrar viável para uma venda ou para outro
investidor. Caso isso não aconteça, o empreendedor precisa estar preparado para
as opções que virão.
Opções de saída
O sonho de um empreendedor é levar sua
empresa a um IPO (Initial Public Offering ou, em português, oferta pública
inicial), que consiste quando as suas ações
são colocadas à venda na bolsa. Porém, além de ser um processo lento, é
reservado para poucas startup de sucesso. No Brasil, as chances são ainda
menores. Dessa forma, é preciso se voltar à realidade e entender quais
realmente são as opções de saída mais acessíveis para a sua startup.
Ser vendida para um concorrente é uma das
opções mais comuns. Em geral, esse concorrente será uma empresa muito maior.
Esse comprador também pode ser uma empresa que veja na startup algo
complementar ao que ela já oferece. Fundos de private equity e até outros investidores
também podem se tornar opções, comprando apenas a parte do investidor ou toda a
operação da empresa. Por fim, pode haver um compra interna, quando os
investidores retomam a parte do investidor ou o contrário.
Cláusulas de Drag along/ Tag along
Independentemente da opção de saída, que
muitas vezes dependerá da situação momentânea da empresa, estar preparado para
ela é dever do empreendedor - tanto para não ser surpreendido, quanto para não
ser prejudicado.Neste sentido, há duas cláusulas que podem fazer parte do
contrato de investimento: drag along e tag along.
Na cláusula de drag along, os acionistas são
forçados a vender suas ações quando o majoritário vender também, pelas mesmas
condições. Já na cláusula tag along ocorre o oposto, com a proteção dos
minoritários que podem vender as suas ações pelas mesmas condições do
majoritário. Isso evita que se façam acordos paralelos, favorecendo uma das
partes.
Estar atento a estes pequenos detalhes
jurídicos dará mais tranquilidade aos empreendedores sobre a operação do
negócio, garantindo que, no futuro, seus direitos estarão protegidos.
Você já planejou suas estratégias de
desinvestimento? Incluiu as cláusulas de drag/ tag along? Aproveite os
comentários abaixo para esclarecer as suas dúvidas!.
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