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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Empreendedorismo não pode ser autoajuda

O que não falta no ecossistema empreendedor são eventos. Brasil afora são palestras, workshops, congressos e conferências praticamente diários – ainda bem, afinal esses eventos contribuem para a criação e fortalecimento da cultura empreendedora no país, ajudam empreendedores e investidores anjo a realizarem networking e se inspirarem. Tudo isso é absolutamente importante, mas não pode ser só isso.


É muito fácil cair em um ciclo de eventos e de frases de impacto que se vê em muitas apresentações. Pode parecer que faz sentido quando alguém em cima de um palco diz que “para empreender basta não desistir” e você, um empreendedor cheio de ideias, sonhos e incertezas está na plateia ansioso por respostas. É tudo o que você quer ouvir. Na hora você pensa: uau! Tudo vai dar certo!

Mas o ponto é que é necessário ir além desse tipo de frase e fazer reflexões mais profundas, com projeções mais realistas. Não atoa os índices de mortalidade das startups ainda são tão altos. Um estudo feito pela Startup Farm revelou que 74% das startups brasileiras fecham após cinco anos, enquanto 67% encerram suas atividades entre dois a cinco anos de funcionamento e 18% em até dois anos de operação.

Fazer a sua startup sair do papel pode não ser a etapa mais difícil no caminho. Tem muita coisa envolvida no processo de manutenção desse tipo de empresa, é um desafio para quem está envolvido no ecossistema mudar os números citados acima. E mesmo assim é preciso aceitar que muitas ideias não vão dar certo, mesmo que você não desista.

O importante é trabalhar duro, encontrar bons aliados no caminho, fazer conexões e deixar portas abertas sempre. Não dá para viver apenas inspirado em projetos de outras pessoas, vendo o sucesso de outros empreendedores e ter uma agenda de eventos tão cheia que não te permita refletir sobre as questões referentes ao seu negócio e fazer mudanças estratégicas que muitas vezes são determinantes. É preciso ir além em temas mais profundos. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A importância das políticas públicas para o ecossistema empreendedor

Falar em empreendedorismo e investimento anjo é falar em inovação e geração de oportunidades. O ecossistema é conhecido, principalmente, por ser o celeiro das maiores empresas mundiais da atualidade, e é inegável o impacto que as startups trazem para os países em que estão inseridas.

Hoje no Brasil o desemprego já atinge 11 milhões de pessoas, segundo o IBGE, e essa é uma das maiores preocupações da população que se vê em meio a uma crise econômica. Agora a pergunta: você já imaginou o quanto o investimento anjo pode ajudar nesse momento?

Independente da sua resposta, o fato é que o investimento anjo está na base do crescimento de uma startup e o efeito dominó que ele gera é bastante positivo. Entenda: contribuindo para o desenvolvimento de uma empresa desse tipo contribui-se automaticamente para a criação de novas vagas de emprego, para movimentação da economia do país e também para o fomento da tecnologia.

Além disso, startups são empresas cujo crescimento é rápido e têm grande impacto. Estatisticamente falando, no Brasil as “scale-ups” representam apenas 1% das empresas ativas e mesmo assim são responsáveis por criar 42% dos novos empregos no país, um número impressionante!

Pensando assim parece ser fácil a resposta para a dura questão do desemprego brasileiro: incentivar os investidores anjo e startups e assim criar mais empregos o mais rápido possível. Na prática é bem diferente. Crescer em um país com amarras burocráticas não é fácil, muito menos ágil.

E isso afeta tanto as startups quanto os investidores anjo que em alguns casos se sentem juridicamente desprotegidos já que não existe no Brasil a regulamentação da figura do investidor anjo, cujo papel é de suma importância no ecossistema.

E o que fazer para mudar isto? Nós, da Anjos do Brasil, apoiamos o movimento +Empreendedores +Empregos, criado pela Endeavor, cujo o objetivo é estabelecer diálogos e firmar compromissos com candidatos à prefeitura de São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Recife, Florianópolis e Porto Alegre para a criação de cidades mais empreendedoras e menos burocrática com o apoio dos futuros prefeitos. É preciso admitir a importância das políticas públicas para o ecossistema e unir forças!





quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Você acredita que a sopa de letrinhas do seu mercado é complexa?

* Por Marcos Mylius 

Então deveria conhecer o buzzwords do ecossistema de Investidores Anjo, que navegam entre startups, aceleradoras e venture capitals. Confesso que levei um tempo para absorver o novo vocabulário. 

O primeiro aprendizado é entender porque você será chamado de investidor anjo sem ao menos ganhar um lugar no céu. A palavra Anjo é utilizada por não levar em conta somente o fator financeiro do investimento. O investidor geralmente entra também com seus conhecimentos e networking. Você está num momento de maturidade da sua carreira e já passou por experiências de empreendedorismo e gestão, pode usar seu dinheiro para investimento em startup.

Seu dinheiro será chamado de Smart Money. Aprendeu mais uma?



Todo o investidor deveria investir primeiro o seu tempo, antes do Smart Money, lendo as dicas do Cassio Spina no livro Investidor Anjo – como conseguir investidores para seu negócio. O conteúdo passa uma boa base para que você não fique perdido nas primeiras reuniões que irá participar em aceleradoras e eventos com startups.

O buzzword foi totalmente importado e aqui vai uma dica para entender o racional que é utilizado para falar sobre o investimento na startup conforme uma linha de tempo.

Você irá ouvir falar muito em Seed, VC (Venture Capital) e PE (Private Equity). Como investidor Anjo entramos no geralmente no Early Stage. Nada impede que você entre na fase de crescimento, mas isso já não será tão vantajoso.  


Como investidor e Mentor em três aceleradoras, recomendo que você conheça o trabalho destas empresas, se aproxime e escolha startups que estejam de alguma forma conectadas com o seu ecossistema. Você poderá passar mais conhecimento e alavancar de forma mais rápida os seus investidos.


Nem falei do Pitch, Serie A, Serie C, First Round, Second Round…Boa leitura!

*O conteúdo deste texto, incluindo comentários, informações, opiniões e pontos de vista é de total responsabilidade do colaborador(a) que o assina. O colaborador(a) o faz voluntariamente, sendo o único responsável pelos conteúdo expressos em suas contribuições. Textos de colaboradores(as) não refletem necessariamente o ponto de vista e/ou opiniões do Anjos do Brasil.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A importância de formar investidores anjo líderes

Executivos de grandes empresas têm se tornado investidores anjo, e isso é uma tendência tanto no Brasil quanto no mundo. A última pesquisa que fizemos sobre os investidores anjo brasileiros revelou que 42% do total de investidores são empresários e 31% executivos. O ponto nevrálgico dessa questão são as diferenças entre a cultura do ecossistema empreendedor e das grandes corporações.

Por ser o investimento anjo um investimento de risco com características bastante específicas, investidores de primeira viagem ficam reticentes nas primeiras investidas, preferem conhecer os outros investidores, assistir alguns pitches e participar de eventos antes de fazer o primeiro aporte. Isto é bom, mas não pode engessar o investidor na tomada de decisão.

Pensando nisso, é preciso ressaltar a importância da formação de investidores anjo líderes que, muitas vezes, são as pessoas que servem de norte tanto para quem chega quanto para quem já está inserido ecossistema. Mas qual a diferença principal entre o investidor anjo e o investidor anjo líder? As responsabilidades na condução do processo.



O investidor líder toma para si o trabalho de coordenação do investimento e mediação entre outros investidores e o empreendedor e pode acompanhar a startup por mais tempo. O líder, em geral, é um dos investidores que mais se interessa pelo negócio logo depois do pitch, e entende, que além de conduzir o processo de investimento, pode agregar valor no crescimento do negócio com conselhos relevantes e mentoria.

De fato, formar investidores líderes é extremamente positivo para o ecossistema empreendedor. Se colocarmos na balança, para os empreendedores ter um líder abre muitas portas – sem mencionar todo o resto que ele agrega, e pode reduzir a dificuldade de encontrar outros investidores que não querem investir grandes valores em algum projeto.

Do outro lado, para os investidores anjo menos experientes e/ou disponíveis, quando um round tem um líder isso pode significar uma necessidade menor de se envolver e diminuir riscos dos outros investidores, fora uma grande oportunidade de aprendizado sobre os processos de negociação.

E é preciso ressaltar também o que esse tipo de relação agrega para o investidor líder. O trabalho é intenso, mas permite que ele conheça melhor o projeto e aprenda detalhes do mercado com o empreendedor e também que aumente seu círculo de coinvestidores. Além disto, o líder pode ter uma participação diferenciada ou uma taxa de performance (carry) como retorno de seu trabalho.

Todos os investidores, líderes e seguidores, são responsáveis pela decisão de investimento, mas ter um bom líder faz toda a diferença!