Executivos de grandes
empresas têm se tornado investidores anjo, e isso é uma tendência tanto no
Brasil quanto no mundo. A última pesquisa que fizemos sobre os investidores
anjo brasileiros revelou que 42% do total de investidores são empresários e 31%
executivos. O ponto nevrálgico dessa questão são as diferenças entre a cultura
do ecossistema empreendedor e das grandes corporações.
Por ser o investimento anjo
um investimento de risco com características bastante específicas, investidores
de primeira viagem ficam reticentes nas primeiras investidas, preferem conhecer
os outros investidores, assistir alguns pitches e participar de eventos antes
de fazer o primeiro aporte. Isto é bom, mas não pode engessar o investidor na
tomada de decisão.
Pensando nisso, é preciso
ressaltar a importância da formação de investidores anjo líderes que, muitas
vezes, são as pessoas que servem de norte tanto para quem chega quanto para
quem já está inserido ecossistema. Mas qual a diferença principal entre o
investidor anjo e o investidor anjo líder? As responsabilidades na condução do processo.
O investidor líder toma para
si o trabalho de coordenação do investimento e mediação entre outros
investidores e o empreendedor e pode acompanhar a startup por mais tempo. O
líder, em geral, é um dos investidores que mais se interessa pelo negócio logo
depois do pitch, e entende, que além de conduzir o processo de investimento,
pode agregar valor no crescimento do negócio com conselhos relevantes e
mentoria.
De fato, formar investidores
líderes é extremamente positivo para o ecossistema empreendedor. Se colocarmos
na balança, para os empreendedores ter um líder abre muitas portas – sem
mencionar todo o resto que ele agrega, e pode reduzir a dificuldade de
encontrar outros investidores que não querem investir grandes valores em algum
projeto.
Do outro lado, para os
investidores anjo menos experientes e/ou disponíveis, quando um round tem um
líder isso pode significar uma necessidade menor de se envolver e diminuir
riscos dos outros investidores, fora uma grande oportunidade de aprendizado
sobre os processos de negociação.
E é preciso ressaltar também
o que esse tipo de relação agrega para o investidor líder. O trabalho é
intenso, mas permite que ele conheça melhor o projeto e aprenda detalhes do
mercado com o empreendedor e também que aumente seu círculo de coinvestidores.
Além disto, o líder pode ter uma participação diferenciada ou uma taxa de
performance (carry) como retorno de seu trabalho.
Todos os investidores,
líderes e seguidores, são responsáveis pela decisão de investimento, mas ter um
bom líder faz toda a diferença!
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