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terça-feira, 6 de setembro de 2016

A importância de formar investidores anjo líderes

Executivos de grandes empresas têm se tornado investidores anjo, e isso é uma tendência tanto no Brasil quanto no mundo. A última pesquisa que fizemos sobre os investidores anjo brasileiros revelou que 42% do total de investidores são empresários e 31% executivos. O ponto nevrálgico dessa questão são as diferenças entre a cultura do ecossistema empreendedor e das grandes corporações.

Por ser o investimento anjo um investimento de risco com características bastante específicas, investidores de primeira viagem ficam reticentes nas primeiras investidas, preferem conhecer os outros investidores, assistir alguns pitches e participar de eventos antes de fazer o primeiro aporte. Isto é bom, mas não pode engessar o investidor na tomada de decisão.

Pensando nisso, é preciso ressaltar a importância da formação de investidores anjo líderes que, muitas vezes, são as pessoas que servem de norte tanto para quem chega quanto para quem já está inserido ecossistema. Mas qual a diferença principal entre o investidor anjo e o investidor anjo líder? As responsabilidades na condução do processo.



O investidor líder toma para si o trabalho de coordenação do investimento e mediação entre outros investidores e o empreendedor e pode acompanhar a startup por mais tempo. O líder, em geral, é um dos investidores que mais se interessa pelo negócio logo depois do pitch, e entende, que além de conduzir o processo de investimento, pode agregar valor no crescimento do negócio com conselhos relevantes e mentoria.

De fato, formar investidores líderes é extremamente positivo para o ecossistema empreendedor. Se colocarmos na balança, para os empreendedores ter um líder abre muitas portas – sem mencionar todo o resto que ele agrega, e pode reduzir a dificuldade de encontrar outros investidores que não querem investir grandes valores em algum projeto.

Do outro lado, para os investidores anjo menos experientes e/ou disponíveis, quando um round tem um líder isso pode significar uma necessidade menor de se envolver e diminuir riscos dos outros investidores, fora uma grande oportunidade de aprendizado sobre os processos de negociação.

E é preciso ressaltar também o que esse tipo de relação agrega para o investidor líder. O trabalho é intenso, mas permite que ele conheça melhor o projeto e aprenda detalhes do mercado com o empreendedor e também que aumente seu círculo de coinvestidores. Além disto, o líder pode ter uma participação diferenciada ou uma taxa de performance (carry) como retorno de seu trabalho.

Todos os investidores, líderes e seguidores, são responsáveis pela decisão de investimento, mas ter um bom líder faz toda a diferença!

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