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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O Blog da Anjos do Brasil mudou!

O blog da Anjos do Brasil mudou! 
A partir de agora ele pode ser acessado através do site anjosdobrasil.net/blog.

O Arquivo das Postagens Anteriores continuará disponível em blog.anjosdobrasil.net.


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Empreendedorismo não pode ser autoajuda

O que não falta no ecossistema empreendedor são eventos. Brasil afora são palestras, workshops, congressos e conferências praticamente diários – ainda bem, afinal esses eventos contribuem para a criação e fortalecimento da cultura empreendedora no país, ajudam empreendedores e investidores anjo a realizarem networking e se inspirarem. Tudo isso é absolutamente importante, mas não pode ser só isso.


É muito fácil cair em um ciclo de eventos e de frases de impacto que se vê em muitas apresentações. Pode parecer que faz sentido quando alguém em cima de um palco diz que “para empreender basta não desistir” e você, um empreendedor cheio de ideias, sonhos e incertezas está na plateia ansioso por respostas. É tudo o que você quer ouvir. Na hora você pensa: uau! Tudo vai dar certo!

Mas o ponto é que é necessário ir além desse tipo de frase e fazer reflexões mais profundas, com projeções mais realistas. Não atoa os índices de mortalidade das startups ainda são tão altos. Um estudo feito pela Startup Farm revelou que 74% das startups brasileiras fecham após cinco anos, enquanto 67% encerram suas atividades entre dois a cinco anos de funcionamento e 18% em até dois anos de operação.

Fazer a sua startup sair do papel pode não ser a etapa mais difícil no caminho. Tem muita coisa envolvida no processo de manutenção desse tipo de empresa, é um desafio para quem está envolvido no ecossistema mudar os números citados acima. E mesmo assim é preciso aceitar que muitas ideias não vão dar certo, mesmo que você não desista.

O importante é trabalhar duro, encontrar bons aliados no caminho, fazer conexões e deixar portas abertas sempre. Não dá para viver apenas inspirado em projetos de outras pessoas, vendo o sucesso de outros empreendedores e ter uma agenda de eventos tão cheia que não te permita refletir sobre as questões referentes ao seu negócio e fazer mudanças estratégicas que muitas vezes são determinantes. É preciso ir além em temas mais profundos. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A importância das políticas públicas para o ecossistema empreendedor

Falar em empreendedorismo e investimento anjo é falar em inovação e geração de oportunidades. O ecossistema é conhecido, principalmente, por ser o celeiro das maiores empresas mundiais da atualidade, e é inegável o impacto que as startups trazem para os países em que estão inseridas.

Hoje no Brasil o desemprego já atinge 11 milhões de pessoas, segundo o IBGE, e essa é uma das maiores preocupações da população que se vê em meio a uma crise econômica. Agora a pergunta: você já imaginou o quanto o investimento anjo pode ajudar nesse momento?

Independente da sua resposta, o fato é que o investimento anjo está na base do crescimento de uma startup e o efeito dominó que ele gera é bastante positivo. Entenda: contribuindo para o desenvolvimento de uma empresa desse tipo contribui-se automaticamente para a criação de novas vagas de emprego, para movimentação da economia do país e também para o fomento da tecnologia.

Além disso, startups são empresas cujo crescimento é rápido e têm grande impacto. Estatisticamente falando, no Brasil as “scale-ups” representam apenas 1% das empresas ativas e mesmo assim são responsáveis por criar 42% dos novos empregos no país, um número impressionante!

Pensando assim parece ser fácil a resposta para a dura questão do desemprego brasileiro: incentivar os investidores anjo e startups e assim criar mais empregos o mais rápido possível. Na prática é bem diferente. Crescer em um país com amarras burocráticas não é fácil, muito menos ágil.

E isso afeta tanto as startups quanto os investidores anjo que em alguns casos se sentem juridicamente desprotegidos já que não existe no Brasil a regulamentação da figura do investidor anjo, cujo papel é de suma importância no ecossistema.

E o que fazer para mudar isto? Nós, da Anjos do Brasil, apoiamos o movimento +Empreendedores +Empregos, criado pela Endeavor, cujo o objetivo é estabelecer diálogos e firmar compromissos com candidatos à prefeitura de São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Recife, Florianópolis e Porto Alegre para a criação de cidades mais empreendedoras e menos burocrática com o apoio dos futuros prefeitos. É preciso admitir a importância das políticas públicas para o ecossistema e unir forças!





quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Você acredita que a sopa de letrinhas do seu mercado é complexa?

* Por Marcos Mylius 

Então deveria conhecer o buzzwords do ecossistema de Investidores Anjo, que navegam entre startups, aceleradoras e venture capitals. Confesso que levei um tempo para absorver o novo vocabulário. 

O primeiro aprendizado é entender porque você será chamado de investidor anjo sem ao menos ganhar um lugar no céu. A palavra Anjo é utilizada por não levar em conta somente o fator financeiro do investimento. O investidor geralmente entra também com seus conhecimentos e networking. Você está num momento de maturidade da sua carreira e já passou por experiências de empreendedorismo e gestão, pode usar seu dinheiro para investimento em startup.

Seu dinheiro será chamado de Smart Money. Aprendeu mais uma?



Todo o investidor deveria investir primeiro o seu tempo, antes do Smart Money, lendo as dicas do Cassio Spina no livro Investidor Anjo – como conseguir investidores para seu negócio. O conteúdo passa uma boa base para que você não fique perdido nas primeiras reuniões que irá participar em aceleradoras e eventos com startups.

O buzzword foi totalmente importado e aqui vai uma dica para entender o racional que é utilizado para falar sobre o investimento na startup conforme uma linha de tempo.

Você irá ouvir falar muito em Seed, VC (Venture Capital) e PE (Private Equity). Como investidor Anjo entramos no geralmente no Early Stage. Nada impede que você entre na fase de crescimento, mas isso já não será tão vantajoso.  


Como investidor e Mentor em três aceleradoras, recomendo que você conheça o trabalho destas empresas, se aproxime e escolha startups que estejam de alguma forma conectadas com o seu ecossistema. Você poderá passar mais conhecimento e alavancar de forma mais rápida os seus investidos.


Nem falei do Pitch, Serie A, Serie C, First Round, Second Round…Boa leitura!

*O conteúdo deste texto, incluindo comentários, informações, opiniões e pontos de vista é de total responsabilidade do colaborador(a) que o assina. O colaborador(a) o faz voluntariamente, sendo o único responsável pelos conteúdo expressos em suas contribuições. Textos de colaboradores(as) não refletem necessariamente o ponto de vista e/ou opiniões do Anjos do Brasil.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A importância de formar investidores anjo líderes

Executivos de grandes empresas têm se tornado investidores anjo, e isso é uma tendência tanto no Brasil quanto no mundo. A última pesquisa que fizemos sobre os investidores anjo brasileiros revelou que 42% do total de investidores são empresários e 31% executivos. O ponto nevrálgico dessa questão são as diferenças entre a cultura do ecossistema empreendedor e das grandes corporações.

Por ser o investimento anjo um investimento de risco com características bastante específicas, investidores de primeira viagem ficam reticentes nas primeiras investidas, preferem conhecer os outros investidores, assistir alguns pitches e participar de eventos antes de fazer o primeiro aporte. Isto é bom, mas não pode engessar o investidor na tomada de decisão.

Pensando nisso, é preciso ressaltar a importância da formação de investidores anjo líderes que, muitas vezes, são as pessoas que servem de norte tanto para quem chega quanto para quem já está inserido ecossistema. Mas qual a diferença principal entre o investidor anjo e o investidor anjo líder? As responsabilidades na condução do processo.



O investidor líder toma para si o trabalho de coordenação do investimento e mediação entre outros investidores e o empreendedor e pode acompanhar a startup por mais tempo. O líder, em geral, é um dos investidores que mais se interessa pelo negócio logo depois do pitch, e entende, que além de conduzir o processo de investimento, pode agregar valor no crescimento do negócio com conselhos relevantes e mentoria.

De fato, formar investidores líderes é extremamente positivo para o ecossistema empreendedor. Se colocarmos na balança, para os empreendedores ter um líder abre muitas portas – sem mencionar todo o resto que ele agrega, e pode reduzir a dificuldade de encontrar outros investidores que não querem investir grandes valores em algum projeto.

Do outro lado, para os investidores anjo menos experientes e/ou disponíveis, quando um round tem um líder isso pode significar uma necessidade menor de se envolver e diminuir riscos dos outros investidores, fora uma grande oportunidade de aprendizado sobre os processos de negociação.

E é preciso ressaltar também o que esse tipo de relação agrega para o investidor líder. O trabalho é intenso, mas permite que ele conheça melhor o projeto e aprenda detalhes do mercado com o empreendedor e também que aumente seu círculo de coinvestidores. Além disto, o líder pode ter uma participação diferenciada ou uma taxa de performance (carry) como retorno de seu trabalho.

Todos os investidores, líderes e seguidores, são responsáveis pela decisão de investimento, mas ter um bom líder faz toda a diferença!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Ter uma investidora anjo pode ser determinante para o sucesso da sua startup

Nos últimos dois anos o número de investidoras anjo no Brasil dobrou! Ótima notícia, mas ainda há muito por fazer, pois ainda são poucas mulheres investindo. Do total de investidores anjo no país, apenas 4% eram mulheres em 2014, e essa porcentagem subiu para 9% em 2016, uma mudança significativa e positiva para o ecossistema empreendedor.

Posto isto, você deve estar se perguntando: afinal qual diferença existe entre um investidor homem e uma investidora mulher? Uma recente pesquisa divulgada pelo Harvard Business Review revelou que quando uma empreendedora recebe apenas o financiamento de VC’s homens, a empresa tem as chances drasticamente reduzidas de ter uma saída bem sucedida.

Do mesmo modo, outro insight revelado foi que para VC’s é importante reconhecer que investidoras mulheres otimizam as chances de startups lideradas por empreendedoras obterem sucesso.

De acordo com os dados da pesquisa, existe uma diferença de 25 pontos percentuais nas saídas de startups lideradas por homens e empresas lideradas por mulheres. Entretanto, quando as startups são financiadas por VC’s com investidoras mulheres, essa diferença desaparece.

Por que isso acontece?
As justificativas, segundo Sahil Raina, se dão por conta da habilidade de avaliar e aconselhar startups dos investidores. De acordo com ele, VCs que contam com a participação feminina são mais aptos a avaliar e selecionar – que é o mais importante nesse momento, e/ou aconselhar startups fundadas por mulheres, principalmente nos rounds de financiamento iniciais.

Além disso, a pesquisa conclui que a compatibilidade do gênero feminino quando se trata de investidor e empreendedor é responsável pela melhora nos resultados, e ainda sim a participação das mulheres em startups financiadas por VCs ainda é muito pequena.

O pesquisador entende que ainda há muito a ser feito para entender esse problema e que, um passo crucial para alcançar o objetivo de ter mais startups de sucesso lideradas por mulheres, talvez não seja suficiente apenas encorajar mulheres a empreender, mas incentivar mais mulheres a se tornarem investidoras.

No Brasil, como foi citado anteriormente, essa situação não é muito diferente. O ecossistema empreendedor ainda é majoritariamente masculino, mas nós acreditamos que a diversidade só tem a contribuir e fortalecer. 

Conheça algumas iniciativas brasileiras que fomentam a inserção da mulher no ecossistema empreendedor:

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Mútuo Conversível - Sofisticando ferramentas para o investidor anjo

O Brasil é um país empreendedor. Só nos primeiros três meses deste ano foram abertas 516 mil novas empresas no Brasil. É o maior número registrado desde 2010. Além disso, segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), de cada dez brasileiros, três têm a própria empresa.

A dificuldade de acesso ao crédito e a oportunidade de investimento em negócios que podem ser o próximo “unicórnio” despertaram o mercado brasileiro para o investimento anjo. Neste modelo, os anjos investem capital próprio em empresas em estágio inicial com alto potencial de crescimento.

Dentre as estruturas viáveis ao investimento anjo, diante do atual cenário regulatório e do “risco Brasil”, destaca-se o mútuo conversível em participação societária.


Esse instrumento permite ao investidor realizar aporte de recursos na empresa alvo com o benefício de aguardar o melhor momento para se tornar sócio, transformando o empréstimo em capital social.

Deve-se estar atento às regras e prazos de conversão do mútuo, que podem ser automáticas ou por iniciativa das partes.

Merecem destaque, e devem ser bem negociadas, cláusulas de retenção de talentos na empresa investida, proteção da propriedade intelectual e transparência no fornecimento de informações corporativas ao investidor. Tudo isso com o objetivo de proteger o investidor anjo e assegurar o compromisso de que os principais ativos permaneçam na empresa investida: os próprios empreendedores e a propriedade intelectual desenvolvida.

Embora ainda seja desconhecido o entendimento das cortes brasileiras sobre o tema, o instrumento de dívida conversível, ferramenta usual das sociedades anônimas, ganha espaço nas sociedades limitadas, viabilizando ao investidor anjo e às empresas de menor porte uma alternativa mais sofisticada de investimento e, ao mesmo tempo, compatível com a natureza da operação.

Para mais detalhes sobre essa estrutura de investimento, acesse o Guia de Investimento Anjo& Documentos Legais.

Por Priscila Titelbaum, sócia da NeoLaw

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